
A expressão "Ponham-se finos" foi revitalizada pelo deputado do Partido Socialista Pedro Nuno Santos, num contexto de não pagamento da divida Portuguesa. Sem papas na lingua, a possibilidade que foi levantada foi a de pôr a tremer os nossos credores, dizendo que se não quisermos, não pagamos nada. Lembrei-me, ao ouvir as declarações, das antigas manifestações de estudantes com o famoso slogan "Não pagamos!". E não pagámos? Ainda aumentaram mais.! Com a devida ressalva que o não pagamento dessas propinas seria anterior à prestação do serviço, e não depois de termos usufruído da coisa.
Isto até podia não ter significado nenhum, se a pessoa que o disse não tivesse qualquer relevância, mas o facto é que tem!
Num cenário de não pagamento (e vou por de lado a parte caloteira desta ideia), o que nos podia acontecer é não termos qualquer financiamento e os nossos fornecedores não colocarem cá qualquer produto. Ora isto seria muito interessante se Portugal fosse auto-suficiente em bens essenciais. A realidade é que não somos auto-suficientes em praticamente nada (conseguimos isto no azeite e em produtos hortícolas), e mesmo que fossemos, empobreceríamos muito mais do que neste momento estamos a empobrecer.
Independentemente de mantermos o euro ou, ao limite, sairmos da UE, temos de fazer reformas, temos de proceder a alterações, temos de ser competitivos. O facto é que não temos economia para os nossos gastos e isso não há memorando que mude (pode ajudar mas não muda). Se não queremos empobrecer, temos de trabahar mais e melhor. Não me parece existir alternativa!
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